quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Se mantenha vivo

Antes mesmo de dar adeus a esse mundo, Freddie Mercury disse para seus parceiros de banda que eles deveriam continuar, assim como diz a música. E eles continuaram! Com o Queen e com seus projetos solos, Brian, Roger e John seguiram suas carreiras na música. Porém, antes mesmo da morte de Freddie, todos os integrantes do grupo tinham seus projetos paralelos ao Queen. Roger foi o primeiro a gravar um álbum solo, depois veio Freddie (quem teve mais sucesso), e depois, Brian. Nem todos fizeram seus projetos como cantores. John Deacon apenas tocou baixo em seu projeto chamado The Immortals. 

Após o falecimento de Mercury, os três remanescentes continuaram com o Queen, tendo participações especiais nos vocais como Elton John, Robbie Williams, Paul Rodges e Adam Lambert. Porém, em meados do final da década de 90, por motivos pessoais, John Deacon resolve deixar o Queen. A sua última apresentação com a banda foi em um evento beneficiente em favor das vítimas do vírus HIV em 1997. E sua última participação direta com o Queen foi na gravação do clipe da música No One But You (Only The Good Die Young).



E mais uma vez, Brian e Roger continuaram com o show. Atualmente, Brian faz apresentações com a cantora Kerry Ellis. Recentemente, quem voltou com sua carreira solo foi Roger Taylor com o lançamento do disco Fun On Earth. O primeiro single do álbum é a música Sunny Day. Além do novo disco, Roger juntou todos seus álbuns solos e fez uma coletânea para agradar os antigos e novos fãs. O eterno baterista do Queen ainda não saiu em turnê. Segundo depoimentos, Roger prefere ver como o novo disco vai ser aceito pelo público e a partir disso, ele irá decidir se vai fazer ou não uma turnê.
E para você que ficu curioso em saber por onde anda John Deacon ... desde que saiu do Queen, o baixista tem se dedicado apenas para sua família e vive em Putney, no sudoeste de Londres. 





quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

1991

Pra quem conhece, gosta ou é fã do Queen sabe que o ano de 1991 é mais que importante na história dessa banda. Naquele começo de década, muitos rumores circulavam a respeito da saúde de Freddie Mercury. Muitos suspeitavam, mas apenas as pessoas mais próximas sabiam que ele estava doente. Em 1991 o Queen completou seus 20 anos de existem com os integrantes Freddie, Brian, Roger e John. O grupo estava completando duas décadas de grandes shows, de sucesso mundial, de grandes e ousados feitos, mas durante a comemoração havia o medo... de perder quem levava a magia para eles. 

Durante aquele ano também foi lançado o álbum Innuendo, a décima quarta joia da rainha. Esse disco é considerado a volta do Queen a suas origens e é comparado ao A Night At The Opera, no quesito de grandes sucessos. Innuendo também é considerado o disco mais triste do Queen, pois grande parte das músicas são tidas como uma despedida de Freddie ao público e também por ter sido o último álbum de estúdio que o Freddie gravou.

O último clipe que, o homem que tem o bigode mais famoso do mundo, gravou foi o da música These Are Days of  Our Lives. Essa música foi escrita por Roger Taylor e fala da vida do músico com os seus filhos. Mas a parte da interpretação de Freddie no vídeo, a música ganhou um outro significado que lembra a tristeza. Durante as gravações desse vídeo, Mercury já estava bastante debilitado de saúde. Foi criado todo um ambiente para que ele ficasse bem e confortável durante as filmagens, pois era notório seu estado físico.

Como forma de amenizar o clima, podemos ver que no clipe ele usa um colete com fotos de gatos. Os desenhos dos felinos são nada menos que as fotos dos gatos que Freddie criava. Para não expor muito a imagem de Mercury, o vídeo tem efeitos em preto e branco. O único que não participou das gravações desse clipe, junto com o resto da banda, foi Brian. Naquele dia ele estava em viagem de férias. A participação dele foi acrescentada depois, com efeitos especiais. Mal sabia ele que se tratava do último clipe com a formação original do Queen.

Antes de falecer, Mercury decidiu revelar a todos, através da TV, que era portador do vírus HIV. Naquele tempo, quando uma pessoa era portadora desse vírus era discriminada pela sociedade. O vídeo que Freddie gravou também serviu como apelo para que as pessoas pudessem se prevenir e que os estudos para remédio e cura pudessem avançar, para que as pessoas vivessem sem carregar o medo da morte.

No início da década de 1990 os remédios e coquetéis não eram tão desenvolvidos como hoje e a expectativa de vida era nada otimista. Mas com os avanços das pesquisas, os medicamentos foram melhorando e hoje, os portadores desse vírus podem ter uma vida normal. Infelizmente, o número de infectados só tem aumentado. Segundo o último boletim epidemiológico , o Brasil tem 656.701 casos de AIDS registrados. Esse números são de casos registrados desde o início da epidemia, na década de 1980, até a metade de 2012.

Segundo especulações, pois não encontramos o vídeo da declaração, Freddie disse as seguintes palavras: " Bem, resolvi confirmar ao público as suspeitas que a imprensa vem levantando há algumas semanas. Eu sou HIV positivo, e venho lutando contra essa doença há alguns anos. Espero que daqui pra frente todos se conscientizem e se unam para enfrentar esse terrível mal."  Após a divulgação dessa declaração, Mercury faleceu em casa no dia 24 de novembro de 1991.

Confira o making of do clipe de These Are Days of  Our Lives  e depois, o vídeo original completo.








quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Uma Visão

Todo mundo gosta de saber algumas curiosidades sobre bandas e artistas em geral. E todo fã gosta de saber detalhes da vida de seu grupo/artista predileto. Com o Queen não é diferente. Poderia fazer várias postagens só comentando sobre esses detalhes que todo fã quer saber. Então, acho que pra começar é interessante saber que o show do Queen no Live Aid foi eleito o melhor show de todos os tempos. Com uma votação realizada entre pessoas comuns e músicos, o grupo teve 79% dos votos e concorreu com o show dos Beatles realizado em 1969. Outro grande show do Queen, esse sem a presença de Freddie Mercury, aconteceu em abril de 1992. O The Freddie Mercury Tribute Concert foi transmitido ao vivo para mais de 70 países e foi visto por mais de 10 milhões de espectadores. Esse evento foi realizado para homenagear a vida e obra de Freddie e também para ajudar a Mercury Phoenix Trust, organização criada para ajudar pessoas com HIV positivo.

O Queen foi o primeiro grupo a lançar um vídeo clipe com a finalidade de promover sua música. O clipe em questão é da música Bohemian Rhapsody. Sim, outras bandas já haviam lançado vídeos, mas não com essa intenção.  Bohemian Rhapsody passou mais de 14 semanas em primeiro lugar nas paradas britânicas em anos diferentes, 1975,1976, 1991 e 1992. A banda foi a primeira a ter um vídeo em primeiro lugar no Reino Unido. Eles também foram os primeiros a lançarem uma coletânea, Greatest Flix, com seus melhores vídeos. A banda de Freddie também está no livro dos recordes! Eles entraram no recorde de banda mais bem paga do mundo.

Falando em discografia, a rainha já teve quatro álbuns ao mesmo tempo no top 20 britânico. Os discos são Queen I, Queen II, Sheer Heart Attack e A Nigth At The Opera. Isso também aconteceu na América, mas de outra forma. Dez álbuns do Queen ocuparam os dez lugares do top argentino. Acho que depois disso os argentinos devem ter criado um top 20, pra deixar espaços para as outras bandas. Na metade da década de 80, a banda tinha todo seu catálogo de álbuns em CD. Naquela época, ninguém imaginada que o disco (aquele bolachão preto) iria praticamente desaparecer. A música Love Of My Life ficou em primeiro lugar nas paradas do Brasil e da Argentina. Detalhe que a música foi lançada em 1975. A versão que deu mais sucesso a música faz parte do álbum Live Killers de 1979. E a canção 39' foi a trigésima nona música da banda. Coincidência, né?

Em se tratando de shows, o Queen também tem seus recordes. Foi a primeira banda internacional a fazer uma turnê pela América do Sul no começo dos anos 80. O Queen fez dois show do Brasil. Os espetáculos aconteceram no Estádio do Morumbi, em São Paulo. A banda queria tocar no Maracanã, mas devido o período político que o Brasil passava, isso não foi possível. Mas os dois shows em São Paulo foram lindos e com o estádio lotado. Os quatro integrantes da realeza do rock também tocaram na Hungria, durante da Cortina de Ferro e na África, durante o Apartheid.  Até o ano 2000, o Queen, mesmo sem Freddie, havia realizado mais de 700 shows.

O Queen sempre esteve próximo de seus fãs. Só pra você ter uma ideia dessa proximidade, em alguns clipes, eles sempre entrevam em contato com os fãs para fazerem parte da obra. Um exemplo disso é o vídeo da música Friends Will Be Friends. Outro fato interessante do Queen, é a convenção anual do fã clube oficial que dura três dias e acontece há mais de 20 anos. Sempre que possível, os integrantes da banda participavam da convenção.



terça-feira, 22 de outubro de 2013

O show deve continuar

Quando somos fãs ou gostamos de alguma banda queremos colecionar cds, dvds, revistas, livros e quando se trata de bandas da década de 70 ou 80, queremos também colecionar os antigos discos de vinil. Pra conseguir tudo isso você não só precisa de dinheiro,como também precisa de sorte. Não faz muito tempo, mas era difícil encontrar esses artigos. Não existiam lojas especializadas nesse ramo de "velharia" e o viesse pela frente era lucro. Fã que coleciona mesmo faz até a loucura de comprar uma revista de 50 reais e que só tem duas páginas falando da sua banda preferida. 

Enfim, diante de tanta demanda e pouca mercadoria, as empresas/gravadoras virem que aquelas bandas do passado podiam sim fazer sucesso no presente e ainda podiam dá muito lucro. E o investimento tem garantia de lucro! De 1973 a 1997 o Queen vendeu mais de 200 milhões de cópias no Reino Unido. No Brasil, o álbum Greatest Hits I é disco de platina com mais de 250 mil cópias vendidas e o Greatest Hits II é disco de platina duplo, com a venda de mais de 500 cópias. Contabilizando os números mundiais em vendas, esses dois álbuns, juntos, já passaram a marca de 7 milhões de cópias. 

Tendo em vista um mercado bastante promissor, as gravadores e os próprios membros remanescentes dessas bandas decidem fazer regravações, cds com músicas remixadas, dvds com uma melhor qualidade e até disponibilizar músicas e vídeos considerados raros. Quer deixar um fã a beira da loucura? Solte uma nota na imprensa dizendo que tal show da década de 70 está sendo remasterizado e brevemente será lançado em dvd. É o caso do show que deu origem ao álbum Live Killers. 

Nessa história de querer alimentar mais e mais as coleções do fãs e também de ganhar novos admiradores, o Queen lançou em 2011 todos os discos de estúdio em versões duplas e contendo músicas extras, ditas como músicas do lado B. Também em comemoração aos 40 anos de criação da banda, os membros remanescentes escreveram o livro Queen 40 anos, contando todo a trajetória da banda, fotos de bastidores, tickets de shows etc. Aqui no, os fãs ganharam o livro Queen - História ilustrada da maior banda de rock de todos os tempos, enquanto não chegada às lojas a versão em português do livro oficial. Um dos últimos presentes que os amantes do Queen ganharam foi o dvd em comemoração aos 25 anos do show de Wembley, o conhecido Queen - Live At Wembley.

Financiar todos esses livros, cds, dvds é um tanto quanto caro. Em média, um dvd duplo custa 80 reais e um cd não sai por menos de 30 reais. Infelizmente o mercado brasileira ainda é muito restrito. Existem coletâneas e versões de luxo que apenas foram vendidos na Europa e Estados Unidos. A internet poderia até facilitar a compra desse material, mas os impostos e o câmbio não deixam nada barato.

Mas nada é motivo pra desistir. E como Freddie Mercury disse na música, o show deve continuar!


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O sorriso de uma rainha

Toda história tem o seu começo, mas, as vezes, o começo não é exatamente aquele que julgamos ser, de fato,o início. Bom, você logo vai entender o motivo disso! O início o qual estou me referindo é mais ou menos na década de 60, mais exatamente em Londres, na Inglaterra. Três rapazes se conhecem e resolvem montar uma banda chamada Smille. Alguns meses depois, surge, do nada, um outro rapaz. Esse desconhecido, aparentemente um fã, começa a dá muitos palpites sobre o som, o estilo, as apresentações da banda. O vocalista fica #chatiado com toda aquela conversa e resolve abandonar o Smille. O tal desconhecido resolve se unir aos dois membros remanescentes da banda e resolve montar outra. Os três rapazes os quais estou me referindo são Brian May, Roger Taylor e o desconhecido é Freddie Mercury, que foram os membros fundadores da banda Queen.

Minha história com o Queen começa 33 anos depois, em outro país, na cidade de Fortaleza. Era só mais uma aula de inglês da sétima série do fundamental. O professor pediu que os alunos fizessem a leitura do texto intitulado CRAZY LOVE. O texto contava a história de um famoso cantor de uma banda de rock ( Freddie Mercury), que havia morrido na década de 90 em decorrência do vírus da AIDS. Após ler a história daquele homem, fiquei pensando como deve ter sido difícil pra ele saber que iria morrer (naquela época as pesquisas não haviam evoluído muito) e que teria de abandonar sua vida de cantor. Após a leitura do texto, o professor pegou seu violão e começou a dedilhar as primeiras notas da música Love Of My Life.

Foi paixão imediata! Depois daquela aula, vi o vídeo da música que o professor havia cantando na aula passando na tv, aí lembrei da história de Freddie, da banda Queen e fiquei ainda mais encantada com o som daquele grupo. Alguns meses passaram e de repente, uma loja de departamentos de Fortaleza resolve colocar a venda todos os discos da banda Queen por um preço razoável. Era minha grande chance! Comprei os cds mais importantes da carreira do Queen e, finalmente, pude conhecer ainda mais a musicalidade deles.

Bom, poderia ter conhecido mais o Queen através da internet, mas naquela época internet não era tão acessível. E também, o conteúdo que havia disponível naquele tempo não era suficiente para um fã. Então, tive que conhecer a história da banda através das músicas, de programas especiais de tv, das reportagens nos jornais e de livros que justamente naquele momento estavam chegando ao Brasil. Era tudo muito novo para uma mera adolescente que ainda nem estava no ensino médio. Era estranho não gostar das músicas que estavam "moda". Tentei até ser fã de uma banda que fazia sucesso naquela época, mas não deu certo. Parecia que um tipo de magia (A Kind Of Magic) me ligava ao Queen. E a magia continua até hoje.